“Mão biónica”, uma mão artificial!

João Carlos Pereira, primeiro português a receber uma mão artificial que quase não se distingue de uma verdadeira e capta todos os sinais que o cérebro lhe envia.

João perdeu a mão esquerda numa brincadeira com um foguete aos 6 anos de idade. Hoje, com 34 anos, graças a esta prótese, faz quase tudo que qualquer outro indivíduo de duas mãos saudáveis fazem, como o mexer os cinco dedos, pegar nos sacos de compras, escrever SMS, etc… para executar essas funções basta pensar para que os dedos, controlados por cinco motores debaixo da prótese, ganhem vida.

A mão biónica capta os movimentos do coto (segmento do membro que permanece no corpo após a amputação) e transmite, por meio de sinais eléctricos, as ordens aos dedos da nova prótese.

A grande novidade desta prótese é o facto de permitir que a pessoa movimente cada um dos dedos de forma independente, controle a força, a pressão e a intensidade do movimento, o que possibilita uma maior precisão dos movimentos e da força. Desta forma, esta prótese apresenta vantagem em relação as mãos “convencionais” que só faziam dois tipos de movimentos.

Durante o processo de avaliação das condições para a pessoa receber a prótese um dos requisitos essenciais é a existência de sinal eléctrico viável, já que será este a accionar o motor de cada dedo. Numa parte final, testes aos tendões e medidas exactas do coto são necessários para fazer os moldes da prótese. Mesmo após o paciente possuir o material é necessário, com ajuda dos destes, efectuar séries de correcções, por exemplo, ao nível da localização dos sensores de modo a melhorar detecção do sinal. A mão biónica custou ao João cerca de 30 mil euros mas a despesa foi suportada pelo Estado.

Mão biónica é apenas mais um dos exemplos de biomateriais biocompatíveis que tem como objectivo melhorar a qualidade de vida humana e, João expos inúmeras vantagens que esse material lhe tem facilitado a vida e o mesmo já tem um novo desafio para a mão artificial: “Em Maio vou casar e será preciso por lá um anel. A ver se a mão aguenta com esse peso”, brinca ele.

(retirado de Notícias Magazine)